No dia 2 de maio, pelas 19 horas, alunos, professores, familiares e amigos da comunidade educativa do agrupamento assistiram à estreia “Vida: uma aplicação”, um texto original de Gisela Casimiro, no auditório da ES Severim de Faria.
O espetáculo esteve a cargo do Grupo de Teatro SANTACLARTE, constituído por alunos dos 8º e 9º anos da EB de Santa Clara, sob a direção da docente Olga Rocha, e integra o projeto PANOS, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II, em parceria com a Fundação “la Caixa” / BPI e, na edição 2024/25 com o Convento São Francisco (Coimbra).
O PANOS – palcos novos palavras novas é um projeto em que, anualmente, se trabalham peças originais, para serem representadas por jovens, dos 12 aos 19 anos, num cruzamento entre o teatro escolar e as novas dramaturgias. Nesta 17ª edição do projeto PANOS, os textos são da autoria de Gisela Casimiro, Matilde Campilho e Mário Coelho.
A Vida: Uma aplicação, de Gisela Casimiro, é uma viagem de transportes públicos ao teatro do absurdo, inspirada por Beckett e Ionesco. A peça explora o caos do quotidiano e as relações humanas permeadas pela cultura das redes sociais, abordando temas como o tempo, a solidão, a tentativa de conexão e as dificuldades de comunicação. Com humor e ironia, este espetáculo questiona se ainda conseguimos dialogar uns com os outros, para além das nossas bolhas digitais (apud sinopse).
A encenação assumida pelo coletivo SANTACLARTE conta com o excelente desempenho dos atores Daniela Perdigão, Gabriella Lopes, Henrique Baião, Inês Molero, Manuel Vieira, Maria Patalona, Maria Inês Alves, Marta Vieira e Vasco Barbosa e, ainda, dos figurantes Naomi Floriddia, Sofia Gonçalves, Gonçalo Bencatel e Dinis Perdigão. Observa-se um grande cuidado do coletivo para com os aspetos técnicos, como a cenografia, guarda-roupa, iluminação e sonoplastia, de que destacamos o desenho de som e imagem, por Afonso Galego e Olga Rocha.
Esta App (Aplicação) vai além do retrato do quotidiano, mergulhando na condição humana em plena era digital. Através de personagens tipo (arquetípicas), cujos telemóveis distorcem e documentam a realidade, a peça revela-nos a incessante busca por uma identidade — real ou inventada — mas que depende de validação virtual. Neste universo, a tecnologia torna-se uma extensão das emoções e inseguranças humanas, expondo a contradição de uma sociedade paradoxalmente hiperligada, mas marcada pela solidão e indiferença. Temas como o assédio, a justiça e a superficialidade das relações são abordados com um olhar crítico sobre o impacto das redes sociais. A peça convida o público a refletir sobre a autenticidade das vivências mediadas por ecrãs e a fronteira cada vez mais difusa entre o real e o virtual.
Aguardamos nova oportunidade para disfrutar desta representação.
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